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domingo, 17 de outubro de 2010

LUCÍDIO

Nasceu e faleceu em Teresina (1894-1921). Pais: Clodoaldo Freitas, uma das maiores figuras intelectuais do Piauí, e Corina Freitas. Bacharel aos 19 anos de idade pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Na capital piauiense, delegado-geral de Policia e professor de história do Brasil no antigo Liceu Piauiense. Retornando a antiga sede do Governo da República, cultivou a literatura e o jornalismo, incentivando por Coelho Neto, Félix Pacheco, Clóvis Bevilaqua. Fixou-se, ao depois, em Belém (PA), onde foi juiz criminal (substituto) e realizou grande atividade intelectual. Professor (substituto) de Teoria e Prática do Processo Civil e Comercial da Faculdade Livre de Direito do Pará, cátedra que conquistou por concurso. Foi o principal fundador da Academia Piauiense de Letras.

Orador e conferencista, de eloqüência privilegiada. Jurista de aprofundado saber. Foi principalmente poeta. Lírico por excelência.

Escreveu: "Alexandrinos" (sonetos), de colaboração com o irmão Alcides Freitas (1912); "Vida Obscura" (versos), 1917; "Minha Terra", (poesias), 1921. O primeiro foi festivamente recebido pela critica nacional, muito elogiado por José Veríssimo e Osório Duque Estrada. Grande triunfo de Lucídio. No segundo, há o poeta espontâneo, pleno de amargura. No terceiro, surge o enamorado da terra piauiense, que ele tanto amou.

Publicou ainda "Questões Processuais" tese de concurso para a Faculdade de Direito do Pará, trabalho de invulgar cultura.

De Lucídio Freitas disseram:

- Cristino Castelo Branco: "... causer delicioso, pleno de elegancia, de graça, de espirito, de finura, de distinção...".

- Tito Franco: "Amo-o dentro do seu talento criador, jovem e formoso".

- Raimundo Morais: "Da primeira vez que o vi, sua memória me deslumbrou. Recitava de cor tudo o que havia escrito".

- Peregrino Júnior: "Os seus versos podem e devem figurar em todas as antologias do Brasil, porque são dos mais significativos que a nossa literatura possui".

- J. Miguel de Matos: "Lucídio Freitas, se não foi o maior, foi um grande instante das letras do Piauí..."

- Joaquim Chaves (monsenhor): "Sentiu mais que todos os outros o atrativo da beleza e a desilusão da criatura limitada. Havia nele a mescla singular de uma alma pagã, toda virada para a terra e, simultaneamente, o divino acicate de um pressentimento que não o deixava deter-se, a fome de infinito que o levava a voltar-se para a ampliação dos céus".


A. Tito Filho, 16/04/1988, Jornal O Dia.

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