Nasceu e faleceu em Teresina (1876-1928). Pais: João da Costa Neves e Delfina Maria de Oliveira Neves. Estudos secundários na cidade de Natal, obtendo distinção em quase todas as matérias. Bacharel pela Faculdade de Direito do Recife (1898). De volta ao Piauí, professor de inglês do Liceu Piauiense, em que também lecionou alemão e lógica. Professor de Pedagogia da Escola Normal. Diretor de internatos "Ateneu Piauiense", "24 de Janeiro" e "São Vicente de Paulo". Procurador da Fazenda do Estado. De 1900 a 1902, Juiz de Direito (interino) de Piracuruca (PI). De 1902 a 1914, juiz substituto federal na capital piauiense. Secretário do Governo. Senador da República pelo Piauí (1915-1924), com atuação digna dos maiores louvores, eleito sucessivamente 4º, 3º, 2º e 1º secretário do Senado. Concluído o mandato, passou a juiz de direito de Marvão, hoje Castelo do Piauí. Foi ainda diretor da Secretaria da Câmara Legislativa do Estado.
Jornalismo - Em Teresina fundou: "A Crisálida" e "A Idéia"; um dos fundadores de "A Pátria" e do "Almanaque Piauiense", diretor de "O Norte", "A Imprensa", "A Notícia", "O Dia" e "O Monitor", redator de "A Luz", "O Reator", "Litericultura" (revista), "O Estafeta" e "Jornal de Notícias"; colaborador em "Teresina 1902", a "A Pena", "Revista de Bolsa", "Indústria e Comércio" e "Revista da Academia Piauiense de Letras".
Atividades parlamentares - No Senado fez elogiados pronunciamentos sobre temas políticos, econômicos e jurídicos. Das proposições que ofereceu, ressaltem-se: construção de estradas de rodagem, instalação de colônia-modelo no Piauí, exploração de fibras, barateamento do custo dos adubos químicos. Foi um dos relatores do Código Florestal.
Obras - "A Guerra do Fidié" (história das lutas de Independência no Piauí), "Imunidades Parlamentares" (estudo de direito constitucional), "O Padre perante a História" (conferência), "Um Manicaca" (romance), "Psicologia do Cristianismo" (e) "Moral Religiosa" (conferências), "Autonomia Municipal" (estudo de direito constitucional), "O Brasil e as Esferas da Influência na Conferência da Paz", "O Piauí na Confederação do Equador", "Aspectos do Piauí", contribuição ao Congresso de Geografia em Vitória, em que foi ele representante do seu Estado - além de discursos e estudos realizados como senador. Deixou inédito "Regime Municipal" e o livro de poesias "Velário", e ainda copiosos trabalhos sobre história, folclore e crítica literária. Deveras profundo o estudo que publicou no jornal "La Nación " de Buenos Aires, sobre o centenário da Independência do Brasil.
Chamou-se Abdias da Costa Neves. Tornou-se dos mais admirados incentivadores da vida social e literária da capital piauiense, cujos costumes do começo deste século retratou com rara fidelidade no romance naturalista UM MANICACA.
A. Tito Filho, 07/08/1988, Jornal O Dia.
Moro em Castelo do Piauí e gostaria de parabenizar o colega professor por manter atualizado este importante veículo de comunicação. Em relação ao post acima, estou com uma dúvida. Aqui temos uma rua, onde coincidentemente fica meu endereço, que se chama Abidias Veras, nome de um juiz de direito da então Vila de Marvção. Nesse post você afirma que o grande escritor piauiense Abidias Neves foi também juiz em Marvão. Seriam os dois a mesma pessoa? Ou trata-se de dois casos de juízes de nomes parecidos?
ResponderExcluirAguardo seu contato.
Atenciosamente,
Robson Miguel
Presidente Associação dos Condutores de Turisas e Visitantes de Castelo - CONDATUR
www.condatur.wordpress.com
www.portugalmarvaobrasil.blogspot.com
Oi tudo bem entre em contato cmg p que eu possa averiguar 86 98893-5886
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