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sexta-feira, 5 de março de 2010

ANÍSIO

Nasceu em Piracuruca (PI), 1886, e faleceu em Teresina, 1946. Cirurgião-dentista, exerceu atividades profissionais em Piracuruca e Teresina, deixando-as para dedicar-se ao magistério e às letras. Na capital piauiense desempenhou altas funções públicas, com acendrado espírito de responsabilidade: conselheiro municipal (vereador), redator-chefe e diretor da Imprensa Oficial, Diretor (quatro vezes) do antigo Liceu Piauiense, Diretor da Instrução Pública e da Biblioteca, Arquivo e Museu do Piauí, instituição que hoje lhe homenageia a memória com o nome de Casa Anísio Brito. Professor de história, português e literatura. Era profundo conhecedor da história do Piauí.

Projetou-se ainda como educador experimentado e consciente, esfera em que escreveu trabalhos de valiosa leitura, como "Ligeira Notícia sobre o Ensino Público", "Do Ensino Primeiro" e "A Reforma Atual e o Ensino Normal e Secundário". Ofereceu sérios subsídios para a renovação educacional no Piauí. Introduziu vários melhoramentos no ensino, especialmente em música e educação física.

Sobre a história, publicou: "A quem pertence a Prioridade Histórica no Descobrimento do Piauí?", "Independência do Piauí", "A Adesão do Piauí à Confederação do Equador", "Os Balaios no Piauí", "Contribuição do Piauí à Guerra do Paraguai", "Ligeira Notícia sobre o Jornalismo", "Piracuruca" e várias páginas do verbete Piauí no "Dicionário Histórico e Etnográfico do Brasil", publicação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

Conferencista ilustrado. Foi sócio fundador do Instituto Histórico e Geográfico Piauiense, a que presidiu, sócio correspondente de idênticas sociedades do Pará, do Ceará, da Bahia e membro da Sociedade Numimástica Brasileira.

Organizou o acervo de documentos do Arquivo Público do Piauí. Enriqueceu-o com valiosos documentos, dos municípios e de outros Estados.

Odilon Nunes a ele se refere com estas palavras: "Assim propende para a história pragmática, tendência que sempre revelam os historiadores que, como ele, também se dedicam ao magistério. Contudo, escreveu história genética, pois vemos em seus trabalhos a tendência para o revisionismo histórico, especialmente sob o ponto de vista factual e também sua notável contribuição ao incorporar a nossa historiografia valiosos documentos inéditos, ampliando as fronteiras de nossos conhecimentos".

Chamou-se Anísio de Brito Mello. Brilhantes as solenidades promovidas pela Secretaria de Cultura e pela Academia Piauiense de Letras no primeiro centenário.


A. Tito Filho, 03 de setembro de 1988, Jornal O Dia.  

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