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quarta-feira, 7 de julho de 2010

ODYLO FILHO

Nasceu em São Luís do Maranhão, a 14.12.1914. Pais: Odylo de Moura Costa e Maria Aurora Alves Costa. Estudou em dois educandários de Teresina: Colégio Coração de Jesus e Liceu Piauiense (hoje Colégio Estadual Zacarias de Góis). Bacharel pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1933). Secretário de Imprensa da Presidência da República (governo Café Filho). Superintendente das Empresas Incorporadas ao Patrimônio da União (Rio). Adido Cultural da Embaixada do Brasil em Lisboa (1965-1966).

Grande jornalista. No Rio, foi redator do "Jornal do Comércio", fundador e diretor da "Política de Letras", diretor de "A Noite", "Tribuna de Imprensa", e da revista "Senhor", diretor de redação de "O Cruzeiro". Trabalhou no "Diário de Notícias" e chefiou a redação de "Jornal do Brasil". Secretário do "Cruzeiro Internacional". Dirigiu a Rádio Nacional. Diretor de redação da Editora Abril. Em São Paulo, diretor de "Realidade". Articulista exímio. Ressuscitador de jornais mortos - conforme ao batismo de Rachel de Queiroz.

OBRA

Editor de "Seleta Cristã" (1932). Estréia literária: "Graça Aranha e Outros Ensaios" (1933), prêmio Ramos Paz, da Academia Piauiense de Letras; "Livro de Poemas de 1935", em colaboração com Henrique Carstens; "Distrito da Confusão", artigos de jornal, em que criticava a ditadura de 1937; "O Balão que Caiu no Mar", peça infantil; "Tempo de Lisboa e Outros Poemas", "Cantiga incompleta". Novelas: "A Faca e o Rio", "A Invenção da Ilha da Madeira", "Conto de Natal: história de seu Tomé meu pai e minha mãe Maria". Escreveu vários ensaios políticos de pulso, entre os quais, "Salazar: agonia e queda".

Como se vê, Odylo foi com invulgar grandeza, jornalista, teatrólogo, autor de literatura infantil, conferencista, romancista, cronista, crítico literário e poeta. Nesta última condição está incluído por Manuel Bandeira no rol dos poetas bissextos, que ofereciam concepções de tempos em tempos. Duas grandes dores – a perda da filha e do filho Odylo Neto, este em circunstâncias trágicas, desabrocharam nele uma série de poemas admiráveis, como salientou Manuel Bandeira.

Ressalte-se que o Piauí e o Maranhão vivem permanentemente na obra de Odylo.

Odylo ingressou na Academia Brasileira de Letras em 1969. Recebendo-o, Peregrino Júnior lembrou que nele havia ainda o cronista ágil, fluente, a vocação dramática, o teatro de diálogo ágil, de ternura e graça. Sustentou que o novo acadêmico detinha todos os segredos da técnica do verso. Cada soneto que escreveu é uma obra-prima – escreveu.

Nome completo: Odylo Costa Filho. Faleceu no Rio de Janeiro.


A. Tito Filho, 12/10/1988, Jornal O Dia.  

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