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terça-feira, 20 de julho de 2010

PIAUIENSES

ANTÔNIO BONA

Nasceu em Campo Maior (PI), 1887, e faleceu no Rio de Janeiro, 1965. Pais: Honório Bona Sobrinho e Maria Eugênia da Silva Bona. Bacharel pela Faculdade de Direito do Recife (1909), com notas distintas em todas as matérias. Fixou-se no Maranhão: promotor em Viana; em São Luis foi delegado de Polícia, secretário particular do prefeito, inspetor federal junto ao Liceu Maranhense, professor de Direito Internacional Privado e de Direito Civil da Faculdade de Direito. Advogado de intensa atividade. Em 1931, desembargador do Tribunal de Justiça do Maranhão. Mereceram louvores os seus trabalhos de jurista. Ainda em São Luis, redigiu "A Pacotilha", de 1914 a 1920, e exerceu o cargo de secretário-geral do Estado na interventoria Antônio Martins de Almeida, que lhe atribuiu o estudo da reforma da justiça estadual. Esteve no Amazonas (1912) e na Europa. Mais de uma vez visitou a cidade natal. Foi um dos precursores da criação do Banco Central. Conhecia as linguas francesa, inglesa, italiana e alemã.

HONÓRIO PORTELA PARENTES

Nasceu em Colônia de São Pedro de Alcântara, hoje Floriano (PI), em 1882, e faleceu em Caxias (MA), 1909. Pais: Honório Parentes e Ursulina Portela Parentes. Formado pela Faculdade de Direito do Recife (1906). Fiscal federal junto ao Asilo dos Alienados de Teresina, cargo de que se exonerou por divergência com o governo estadual. Desde estudante, revelou capacidade de ter e de defender idéias. Jornalista de grande cultura, tomou parte na luta político-religiosa que se travou na capital piauiense, escrevendo com o pseudônimo de Gansos do Capitólio. Incorreu no desagrado de muitos, inclusive do governador. Polemista e critico. Armando Madeira lhe fez o elogio ao tomar posse na Academia: "Era exímio cultor da língua vernácula, tinha estilo elegante e castiço, e tudo quanto escrevia, valioso pelas idéias, revelava apurado gosto pela forma". Publicou "Vacina e vacinação contra a varíola", em que defende a descoberta de [Edward] Jenner.

SIMPLÍCIO MENDES

Nasceu em União (PI), 1882, e faleceu em Teresina, 1971. Bacharel pela Faculdade de Direito do Recife (1908). Juiz de Direito em comarcas do interior do Piauí, por cujo eleitorado se elegeu deputado estadual. Um dos fundadores da Faculdade de Direito do Piauí e seu professor catedrático de teoria geral do Estado e lente [?] de Direito Constitucional. Exerceu outros elevados cargos públicos na capital piauiense: diretor da Imprensa Oficial ao tempo de sua criação; membro do Tribunal Regional Eleitoral, Juiz de Direito, membro e presidente do Tribunal de Justiça, chefe de Polícia, diretor da Casa de Anísio Brito (Museu e Arquivo Público do Piauí), presidente do Conselho Estadual de Cultura. Como presidente da Academia Piauiense de Letras, realizou importantes reformas, inclusive a que aumentou as cadeiras de 30 para 40. Teve notável e projetada atuação na imprensa de Teresina. Conferencista erudito. Jurista de merecido conceito. Cultivou estudos sociológicos e filosóficos. Em 1934, publicou a monografia "O homem, a sociedade, o direito", trabalho cultural realizado com raríssimo talento de indagação. Simplício Mendes foi grande animador da vida artística e literária do Piauí.

A. Tito Filho, 04/10/1989, Jornal O Dia.

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