Nasceu em Amarante (PI), a 28-12-1883, e faleceu em Teresina a 10 de novembro de 1974. Filho de Raimundo Barbosa de Carvalho e Júlia Maria Gonçalves. Estudos primários na terra natal. Cursou o Seminário da Prainha (Fortaleza). Transferiu-se depois para o seminário de Santo Antônio (São Luís). Por motivo de saúde, voltou a Amarante e, em 1901, matriculou-se no Liceu Piauiense, de Teresina, efetuando, no fim do ano, todos os exames preparatórios de uma só vez. Professor de Português em Amarante. Agente Fiscal do Imposto de Consumo. Em 1903, era aluno da Faculdade de Direito do Recife. Colou grau em 1907. Regressou ao Piauí, exercendo os seguintes cargos: Juiz Distrital em Valença do Piauí, Juiz de Direito em Floriano, Procurador dos Feitos da Fazenda Nacional em Teresina, Promotor Público em Caxias (MA) - cidade em que se casou com Virgínia Wall de Carvalho. Retornando ao Piauí em 1932 foi nomeado representante do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas. Secretário de Estado do Governo (administração de João Luís Ferreira). Promotor de Justiça Criminal de Teresina no governo Matias Olimpio de Melo. Desembargador do Tribunal de Justiça do Piauí, de 1927 a 1930. Chefe de Polícia (Governo Leônidas Melo).
Como jornalista fundou "O Operário", em Amarante, e "O Bloco", em Caxias. Colaborou em "Jornal do Piauí", escrevendo crônicas, sobretudo.
Um dos fundadores da Faculdade de Direito do Piauí, da qual foi professor de Direito Penal e diretor, durante muitos anos.
Escreveu primorosas poesias e notáveis estudos jurídicos.
Obra principal: "Município versus Estado", em que estuda, com abundância de conhecimentos, a autonomia municipal em face da Constituição Federal de 1891.
Cromwell Barbosa de Carvalho foi recebido na Academia Piauiense de Letras, como titular da cadeira nº 3, por Cristino Castelo Branco, dia 7-9-1925. Tinha-o a mocidade como dos mais justos e cultos mestres do Direito. Estudioso e de extrema fidelidade à missão de educador, engrandeceu o magistério, na amizade com os jovens, na apostolar dedicação, às aulas, na luta constante em favor da Casa que foi, em determinada época de sua vida extraordinária, a preocupação maior dos seus esforços - a Faculdade de Direito do Piauí, que ele dirigiu por longos anos, fê-la respeitada, torno-a o centro maior da obra educacional superior em nossa terra e conseguiu, com tenacidade e abnegação, federalizá-la em 1950. Cromwell projetou-se, pela inteligência aprimorada, na vida intelectual do Piauí, o que lhe valeu, com justiça, assento na Academia Piauiense de Letras. Poeta, jornalista, professor, jurista - deixou ao patrimônio espiritual do Piauí valiosa produção, entre a qual se destaca obra de mérito - o profundo estudo de sociologia e direito, intitulado “Município versus Estado", fonte de inumeráveis consultas, tal a segurança de conceitos e as teses defendidas pelo inesquecível conterrâneo.
Conseguiu a federalização da Faculdade de Direito do Piauí, em 1950, no governo do presidente Dutra - a primeira escola superior que integrou nossa Universidade Federal.
A. Tito Filho, 01/04/1988, Jornal O Dia.
Sem duvida uma biografia a ser discutida, Cromwell além de tudo o que foi brilhantemente dissertado pelo grande A Tito, tem fundamental contribuição para criação da Universidade em nosso estado!!!
ResponderExcluirseria interessante buscar essas cronicas ...
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