Patrícia O'Connor escreveu livro GREGÓRIO Y MARIA MARTINEZ SIERRA e sobre o livro Teresinha Pereira me mandou estes comentários, intitulados TEATRO ESPANHOL DO PRINCÍPIO DO SÉCULO. A comentarista pertence à Moorhead State University, USA:
Mais fascinante é a biografia destes dois escritores e dramaturgos espanhóis, um casal chamado Maria e Gregório Martinez Sierra! Eles escreveram juntos de 1897 a 1922 mais ou menos e foram também contemporâneos da geração imediatamente posterior à famosa "Generación del 98", convivendo com os mais jovens e mais accessíveis desta geração. Entre os famosos escritores espanhóis desta geração que participavam de suas tertúlias estavam: Benavente, Juan Ramón Jiménez, Ramón Pérez de Ayala, Pedro González Blanco, los hermanos Quintero, Emília Pardo Bazán, Juan Valera, etc., os quais colaboravam também na revista Helios, sob sua direção.
O principal trabalho deste casal consiste na sua produção teatral. Foram casados e juntos publicaram: Teatro de Ensueño, Motivos, La humilde verdad, Tú eres la paz, La sombra del padre, El ama de la casa, El amor catedrático, Canción de cuna, Lírio entre espinas, El palacio triste, Primavera em otoño, Amanecer, El reino de Dios, El amor bruio. (1)
Separando-se por causa da relação amorosa entre Gregório e a atriz cubana Catalina Bárcena, com a qual teve uma filha, Maria levou então suas atividades e esforços à política e ao movimento de emancipação da mulher. Foi eleita deputada socialista em 1933 e foi adida cultural na Suíça em 1936. Entre seus escritos feministas estão: Carta a las mujeres; Feminismo, feminidad, españolismo; e em 1953 publica no México o livro Gregório y yo.
Gregório morreu de câncer em Madrid, 1947 e Maria morreu em Buenos Aires em 1974.
É muito interessante a interpretação feminista da autora Patrícia O'Connor e também suas pesquisas valiosas e profundas sobre a produção teatral do casal. Estas pesquisas vêm esclarecer muitas dúvidas sobre quem era verdadeiramente o autor das peças teatrais, já que parece ter sido Gregório quem mais recebeu crédito e fama por elas.
A. Tito Filho, 05/10/1988, Jornal O Dia.
Notas:
Nenhum comentário:
Postar um comentário