Bugyja Britto, escritor piauiense talentoso, dirigiu esta carta ao seu colega de Academia, ocupante da cadeira 5.
"Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 1.988.
Prezado confrade - J. MIGUEL DE MATOS:
Só agora me foi possível ler o SUPLEMENTO CULTURAL (publicação mensal do DIÁRIO OFICIAL do Estado do Piauí) nº 10, que circulou em agosto último; e, ao ler esse SUPLEMENTO,deparei com a sua carta dirigida ao Presidente da Academia Piauiense de Letras - carta em que você estranha eu, no meu trabalho sobre o poeta CELSO PINHEIRO, publicado recentemente, não citei o seu nome, mas somente os nomes de Hardy Filho e Herculano Moraes.
CONFESSO que cometi um lapso, desde que você já tinha feito referencia, como crítico, a CELSO PINHEIRO. A ocorrência da omissão ao seu nome decorreu porque, quando eu elaborei o meu trabalho sobre o CELSO, eu não estava de posse dos seus escritos, inclusive Caminheiros da Sensibilidade e Antologia Poética Piauiense; é que estes se achavam distanciados. Explico-me: a minha Biblioteca estava dividida, uma parte no Rio de Janeiro e a outra parte na minha antiga propriedade Riacho Fundo, município de São Pedro do Piauí.
Não foi, assim, proposital a não inclusão do seu nome no meu trabalho sobre CELSO PINHEIRO. Acresce que eu não podia ter propósitos injustos que pudessem ferir a sua pessoa, eis que você é um escritor de talento, um crítico literário de mérito, um pesquisador incansável, um dos Acadêmicos brilhantes que honraram a APL.
Adianto, a você, mais este fato: no trabalho sobre o CELSO PINHEIRO, que sairá em livro que publicarei em 1989, eu já fiz a competente corregida; na publicação em livro não só retifiquei lapsos, como o que ora confesso nesta carta. Como eu amplio ou alongo a minha apreciação crítica a um dos maiores poetas do Brasil - o onolvidável CELSO PINHEIRO. Creia na minha estima de confrade e amigo - BUGYJA BRITTO".
A. TITO FILHO, 22 de outubro de 1988, jornal O Dia.
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