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domingo, 30 de maio de 2010

OEIRAS II

Conheci Oeiras na década de 40, quando por terra, me dirigia ao Rio, para estudos. Novinho em folha. Nada eu sabia sobre a história desse cenário histórico onde o Piauí nasceu para a vida politica e social. Também nos estudos secundários nada me tinham ensinado. Os professores nunca falaram do Visconde da Parnaíba, Fidié, dia 24 de janeiro e tantos fatos passados na antiga capital. Em 1947, passei por Oeiras. Vinha do Rio, em companhia de Tibério Nunes, que ficou na cidade, Fenelon Silva, Álvaro Ferreira Filho e Mariano Mendes, que comigo prosseguiram viagem (no) rumo de Teresina. Era tempo da empolgante campanha de Rocha Furtado como candidato ao governo do Piauí. Em dois anos de residência na capital do Ceara, tornei-me amigo de Antonio Santana, oeirense, mais velho do que eu, a quem me afeiçoei. Magnífico caráter. Generoso. Boníssimo. Inteligente e criterioso. Nas pensões estudantis do Rio de Janeiro, aprendi a admirar três oeirenses cuja amizade me honrei e honro, jovens leais, companheiros de convívio decente e correto: Tibério Nunes, Petrarca Sá, mortos queridos, e o de nome Luiz Walmor Barbosa de Carvalho, que para mim não possui defeito. Sempre na vida me orgulhei das merecidas vitórias dos três. Retornei a Oeiras em 1950, na companhia do candidato a deputado federal Vitorino Correia. Conversei com o impoluto Pedro Sá e o notável líder Rocha Neto. Na Constituinte piauiense de 1947 conheci dois oeirenses de valor como cidadãos de vergonha, Orlando Carvalho e Miguel Oliveira. Quando secretário da Educação do Piauí, nos idos de 1970, conheci uma mulher ilustrada, competente, de rara capacidade de trabalho, que muito me ajudou e a quem dedico admiração e afeto, chamada Rita de Cássia Campos, irmã de um poeta que tanto alteou a poesia oeirense. Depois eu conto mais. Oeiras para mim vale um chão bendito, e a gente deve orgulhar-se da terra de nascimento.

A. Tito Filho, 06/05/1989, Jornal O Dia.

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