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segunda-feira, 31 de maio de 2010

OEIRAS III

Fui a Oeiras, numa quarta viagem, ao tempo em que exerci o cargo de Secretário da Educação, em 1970. Conheci gente prestigiosa e ilustre. Fiz o que estava a meu alcance em benefício da comunidade no setor educacional.

Ainda estudante, no Rio, tive saudosa convivência com Raimundo José do Nascimento, conhecido pelo apelido de Panta, irmão de outra raça. Coração de bondade. Agora reside em Fortaleza e quando me visita nesta Teresina me traz um abração acompanhado de bom livro. Não esqueci da velha amizade de Nantilde Sá Melo, oeirense ilustrada e culta, professora dedicada no Colégio Estadual do Piauí no tempo em que dirigi o educandário.

Ao retornar do Rio, depois de cinco anos de estudos, a meu lar teresinense, ano de 1947, janeiro, uns três meses depois estava eu de namoro e quase noivado com uma loirinha de Oeiras, graça, sonho, embevecimento dos meus vinte e poucos anos. Ainda hoje não sei quem lucrou e quem perdeu na desmantelação do futuro casório. Sei bem que passamos os dois uns tempos saudosos e sem alegria.

No governo Helvídio Nunes, de 1966 até final em maio de 1970, a Secretaria da Educação teve o titular Balduíno Barbosa de Deus, de imensos recursos de inteligência, ainda embatinado. Era padre católico, orador de palavra fácil e arrebatadora. Culto. Poeta de valor. Mandou fazer concurso digno para o magistério secundário, fato que me fez seu admirador. Dizem que nesse tempo o cidadão ilustre tinha namorada, a sua secretária, moça de raros predicados morais, depois esposa de grande dedicação. Substituí Balduíno na Secretaria.

Acho que no fim da década de 70 para o início dos anos 80 retornei de visita à antiga e hospitaleira ex-capital do Piauí. Depois eu conto a história.

A. Tito Filho, 09/05/1989, Jornal O Dia. 

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