1935. Festejos de grande animação. Fantasias suntuosas no Clube dos Diários e nos Fanfarrões. Três monumentais bailes no Botafogo, em que se destacavam Antônio Sales.
Multidão na Praça Rio Branco, onde se brincava de confete, lança-perfume e talco. Também na Praça João Luís Ferreira houve batalhas entre blocos, animadas pelo jazz do 25º Batalhão de Caçadores.
O zé-pereira desfilou pela avenida Frei Serafim, a partir das 15 horas.
Do corso participavam carros de publicidade das cervejas Cascatinha e Brahma, com orquestras. O veículo da segunda foi ornamentado por Ercínio Fortes.
O bloco Fuzaqueiros do Amor especializou-se nos "assaltos" a residência, cujos donos cediam os salões para os folguedos e ofereciam bebidas. Uma das "assaltadas": palacete de Simplício Mendes.
Moura Rego compôs músicas carnavalescas.
Samba muito cantado em 1935 foi Cadê a Fantasia.
Grande número de blocos participou dos festejos. Para julgá-los foi designada comissão da qual, entre outros, participaram: Joel Silveira, Agripino Oliveira, Tote Carvalho, Ressu Carvalho, Climério Bento Gonçalves, jornalista Valdir Fortes, Oto Tito, Júlio Vieira Lemos.
A comissão distinguiu os blocos pela seguinte forma: a veículo, pedestres e de baile. Dos primeiros, os mais aplaudidos foram: Cascatinha, Brahma e dos Prontos; dos segundos, os Guarás, Amantes da Lua, dos Democratas, Sem Rival, da Lua, Vencedor e Escravos do Amor; dos terceiros, Arco-íris, Casados, Farristas, Damas de 1830, Grau 10, Maria Antonieta, Misteriosas e Primavera.
Houve até o Bloco da Caninha Verde.
A. Tito Filho, 02 de fevereiro de 1989, JORNAL O DIA
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