Breno Pinheiro nasceu em Barras (PI), 1899, e faleceu no Rio, 1957. Integrou-se de começo na capital paulista, como jornalista. Criou o primeiro sindicato da classe. Trabalhou em "O Estado de São Paulo". Passou ao Rio de Janeiro como redator do "Jornal do Brasil". Tinha a frase leve, elegante e atraente.
Álvaro Alves Ferreira era de Piripiri (PI), onde nasceu em 1893. Morreu em Teresina, 1963. Dentista, profissão que trocou pelo magistério. Viveu muitos anos na capital piauiense. Professor de francês e geografia. Diretor do antigo Liceu Piauiense. Mestre acatado. Destacou-se mais como jornalista combativo. Redator de vários órgãos de imprensa. Linguagem brilhante. Também fez crítica literária e escreveu crônicas de estilo claro. Publicou "Da Terra Simples", de estudos do meio piauiense.
Honório Portela Parentes nasce em Colônia de São Pedro de Alcântara, hoje Floriano (PI), 1882, e faleceu em Caxias (MA), 1909. Formado pela Faculdade de Medicina da Bahia. Trabalhou no antigo Asilo dos Alienados de Teresina. Tinha grande capacidade de defender as próprias idéias. Jornalista de grande cultura, tomou parte da luta politico-religiosa que se travou na capital piauiense. Incorreu no desagrado de muitos. Polemista e critico. Exímio cultor da língua vernácula, tinha estilo elegante. Publicou a tese chamada "Vacina e Vacinação contra a Varíola", em que defende a descoberta de Jenner.
Deolindo Mendes da Silva Moura nasceu em Oeiras (PI), 1855. Faleceu em Teresina, 1872. Bacharel pela Faculdade de Direito do Recife. Fixou-se na capital piauiense. Orador eloqüente. Advogado famoso. Foi, sobretudo, jornalista. Redigiu e criou jornais, gastando a fortuna herdada em campanhas eleitorais. Três vezes deputado provincial. Padeceu perseguições que o mataram ainda jovem. Não publicou nenhum livro. Seus artigos notáveis talvez tenham desaparecido nos jornais. Esbanjava talento.
Heitor Castelo Branco nasceu em Teresina, 1875, e faleceu no Rio de Janeiro, 1952. Bacharel pela Faculdade de Direito do Recife. Professor. Procurador da República no Piauí, fundando e dirigindo jornais na capital piauiense. Em 1910, fixou-se no Pará. Chefe da Segurança de Belém. Diretor do Liceu Paraense. Professor da Faculdade de Direito do Pará. Deputado estadual. Fundador de "O Diário". Deputado Federal. Regressando ao Piauí, elegeu-se deputado federal. Procurador geral do Estado. Novamente no Pará, presidente do Departamento Administrativo dessa unidade federativa. Jurista, orador, dominava o vernáculo. Recusou o governo dos dois Estados por motivos de lealdade. Exerceu com nobreza as funções que lhe foram confiadas. Praticou mais do que tudo um jornalismo culto e corajoso.
OBSERVAÇÃO. Último domingo, escrevi aqui neste meu lado de esquerda que mataram Lampião na madrugadinha de 28 de julho. Mas saiu 29. Coleguinhas da revisão, o troço se deu a 28, dezena do carneiro no jogo do bicho.
A. Tito Filho, 02/08/1989, Jornal O Dia.
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