Um dos dez fundadores da Academia Piauiense de Letras. Nasceu no povoado Natal, no município de Teresina, hoje município de Monsenhor Gil, a 18-4-1885. Faleceu na cidade de São Paulo (15-4-1935). Pais: João José Batista e Rosa de Jericó Caldas Batista (filha de David Caldas). Cargos exercidos: escrivão da Mesa de Rendas de Teresina, promotor público em Altamira (Pará), escriturário da Delegacia Fiscal de Belém (PA) e secretário da Recebedoria Federal de São Paulo.
Jornalista, poeta, conferencista, teatrólogo, escreveu ainda vários trabalhos de critica literária.
Foi intensa a sua atividade jornalística em Teresina. Redigiu : "Tribuna Operária" (1895), "A Palavra" (1902 a 1905), "Arrebol" (1904), "O Mensageiro" (1904), "O Operário" (1906), "Aurora" (1907), "O Nordeste" (1907), "O Escrínio" (1908). Colaborou em vários outros como "Diário do Piauí" (1911) e "Cidade de Teresina" (1912). Foi um dos redatores da revista de arte "Alvorada" (1909 a 1910).
Como poeta, publicou "Sincelos" (1907), "Maio" (novenário do coração - 1908), "Alma sem rumo" (1934). Segundo o acadêmico J. Miguel de Matos, deixou sem publicar "Outono".
Principais conferencias pronunciadas: "Improvisos e Improvisadores", "As Crianças", "Treze de Maio" e "A Luta".
Jônatas Batista teve papel preponderante no desenvolvimento da vida teatral em Teresina. Escreveu as seguintes peças: "Teresina de Improviso", "Cidade Feliz", "O Bicho", "Frutos e Frutas", "O Coronel Pagante" (revista de costumes piauienses), "Alegria de viver" (opereta de gênero alegre), "Astúcia de mulher" (comédia), "Jovita ou a Heroína de 1865" (drama histórico) - quase todas representadas no Teatro 4 de Setembro, de Teresina, com extraordinários aplausos. Em algumas delas o próprio Jônatas Batista teve a participação, como ator.
Foi membro da Sociedade de Autores Teatrais do Rio de Janeiro.
Deixou ainda sem publicar o livro de perfis "Figuras do Meu Tempo", conforme ao depoimento do acadêmico J. Miguel de Matos.
Para Fernando Lopes Sobrinho, Jônatas Batista exerceu "fecunda atividade intelectual, nele se destacando o jornalista, o conferencista, o teatrólogo e o poeta".
No seu discurso de posse na Academia Piauiense de Letras, Fernando Lopes Sobrinho acrescenta: "Como poeta, Jônatas Batista foi, de alguma forma, um simbolista, procurando, na sua poesia, expressar, com espontaneidade, os seus sentimentos em face de si mesmo, ou dos homens ou do mundo, vezes algumas retratando, nos seus versos, revoltas da sua alma altiva".
O acadêmico J. Miguel de Matos escreveu a respeito da sua poesia: "Apesar de seus olhos vagarem, constantemente, pelas coisas que brotam do chão ou que escorrem do céu, Jônatas Batista dosou a sua poética de um profundo sentido introspectivo, como se a Natureza servisse apenas para emoldurar os quadros sensitivos de sua alma".
A. Tito Filho, 04/06/1988, Jornal O Dia.
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