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sábado, 4 de setembro de 2010

LICEU PIAUIENSE - II

A restauração do Liceu Piauiense verificou-se pela Lei 599, de 9.10.1967.

Escrevendo sobre a instrução secundária de Teresina, no período de 1852 a 1872, escreveu o piedoso monsenhor Joaquim Chaves: "Até o ano de 1872 o ensino secundário em Teresina não compensou, absolutamente, os esforços de alguns abnegados que por ele se interessam, vivamente, nem as somas, em dinheiro, que a Província gastou para mantê-lo em funcionamento".

E acrescenta: "O Liceu, sempre em crise, nunca teve pouso certo, nem freqüência regular, até que foi extinto pela resolução nº 511 de 1 de agosto de 1861".

O Liceu Piauiense funcionou em vários locais. Ainda em Oeiras os professores ensinavam na própria casa de residência. José Antônio Saraiva, ano de 1850, sediou-o em casa alugada. O fundador de Teresina escreveu: "Pode-se dizer que o Liceu existia apenas na legislação e que só se sabia da existência quando seus empregados iam receber os vencimentos".

Fundada a nova capital, o Liceu permaneceu em Oeiras, por algum tempo. E quando se instalou em Teresina, salienta Odilon Nunes, continua a sua débil vida.

O presidente Luís Carlos Paiva Teixeira permitiu que as aulas se dessem nas casas dos professores. Funcionou em salas laterais do Palácio do Governo, na antiga praça da Constituição, hoje Deodoro. Consta que teve sede na rua da Glória (Lisandro Nogueira) e no local onde se constituiu, em 1938, a Casa Anísio Brito. Teve como sede o fórum, local hoje o Luxor Hotel. Daí passou a ocupar o Grupo Escolar "Abdias Neves", que abrigou depois a Faculdade de Direito e hoje acolhe a Biblioteca Cromwell de Carvalho.

Do ano em que foi restaurado até os últimos dias da Monarquia, nunca menos de 12 leis lhe fizeram alterações. Com a República equiparousse ao Ginásio Nacional, depois denominado Colégio Pedro II. Houve diversas reformas no ensino secundário, a partir do novo regime: as de Benjamin Constant, de João Barbalho, de Epitácio Pessoa, de Esmeraldo Bandeira, de Tavres de Lira e a de Rivadávia Correia, em 1915, que criou o curso ginasial de cinco anos. Finalmente, a de Francisco Campos.


A. Tito Filho, 01/09/1989, Jornal O Dia.

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